Crianças Neurodivergentes sentadas num cometa de puzzle a contemplar o planeta terra.

O Principezinho abriu as suas portas há exatamente 1 ano. O nome deste Centro inspirou-se no livro de Saint-Exupéry, que nos apresenta uma criança solitária vinda de um pequeno planeta, onde cuida da sua rosa e vive entre vulcões. Esta personagem simboliza a simplicidade e o amor pelo essencial, aquilo que é invisível aos olhos. O Principezinho desafia as convenções, como a obsessão dos adultos pelo dinheiro, algo que ele considera incompreensível. Para o Principezinho, o verdadeiro valor das coisas reside na sua essência, e não na sua aparência.

As características do Principezinho, como a pureza, a curiosidade, a capacidade de ver o essencial nas coisas e a dificuldade em compreender ou adaptar-se às convenções sociais dos adultos, podem, de certa forma, ressoar com algumas características frequentemente associadas a crianças neurodivergentes, como as que estão no espectro do autismo. Estas crianças, muitas vezes, têm uma forma única de perceber o mundo, manifestando uma sensibilidade especial para detalhes que outros podem não notar, uma maneira de pensar e comunicar que difere das normas sociais, e uma tendência para se concentrarem profundamente em interesses específicos. Tal como o Principezinho, estas crianças podem ter dificuldade em compreender ou adaptar-se a certas normas sociais, não entendendo, por exemplo, a obsessão dos adultos pelo dinheiro e status social. O Principezinho vive num estado de constante reflexão, questionando o que para os adultos parece óbvio ou normal, uma postura que pode ser comparada à forma como muitas crianças neurodivergentes processam o mundo ao seu redor.

Nós, tal como vocês, também temos o nosso Principezinho!

Mas agora a jornada já não é solitária… Mais famílias, com os seus Príncipes e Princesas, juntaram-se a nós, e diariamente trabalhamos para enaltecer as qualidades destas crianças, ajudando-as a navegar neste nosso mundo louco e bizarro, repleto de estímulos estranhos e stressantes aos quais, nós, adultos, já nos habituámos.

Neste segundo ano, estamos prontos para continuar a trabalhar com estas crianças e, ao mesmo tempo, aprender, nós, adultos, a contemplar os seus mundos e reinos mágicos, que ainda não compreendemos totalmente!

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